Grupo trazido pela Bohemia alegrou a tarde
nas ruas, mas a estrutura deixou a desejar
Ainda falta muito para que o Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, na cidadezinha que fica a 200 quilômetros de Belo Horizonte, possa emplacar de vez no rol dos circuitos nacionais mais badalados. Os investimentos ali ainda são bem tímidos e superficiais. Tudo se resume à disposição dos patrocinadores. Sem estímulos de vulto à cultura , como os que vemos em outras modalidades, o evento perde em qualidade e apelo turístico.
Começa pela confusão no tráfego de automóveis. Gente estaciona nos dois lados de vias que são mãos-duplas e deveriam ser de apenas um sentido. O que teve de carro esbarrando em outro, retrovisor dependurado e gente que dirigiu por mais de 6 horas, para depois ficar no acelera e freia das ruelas apertadas, não foi brincadeira.
Ah! Que crítica maldosa! Tiradentes é uma cidade histórica! As vias são apertadas mesmo e não podem (nem devem) mudar, não é? Mas, por que não se amplia o perímetro central onde não podem circular veículos e se destina certas vias a servir apenas como ruas de um só sentido? Isso dá para fazer, pois era só sair do epicentro das comemorações que se podia trafegar livremente. Melhor ainda para os pedestres percorrerem bares e andarem nas charretes cor-de-rosa. Faltam também mesas nas praças e nas villes abertas em espaços públicos para acomodar mais gente e produzir menos filas nos espaços principais.
O esgoto é um problema seríssimo e não, não, não e não combina com evento gastronômico. Tem um riachozinho que corta a cidade em vários pontos e exala um mau cheiro horroroso, pior do que em certos mangues na chegada do Rio de Janeiro. Me fez lembrar até de um curso d'água que existe na Vila São José, em Belo Horizonte, que os moradores da favela apelidaram “Rio Bostinha”. Pois é. O Rio Bostinha de Tiradentes embrulhava estômagos dispostos nos restaurantes e bares à sua beira.
Não foram poucos os casais que fizeram lindos pratos e seguiram sorridentes para o romântico quintal da casa para assentar à beira do córrego barrado em pedras e pontes coloniais. Chegando lá, os narizes logo ardiam e o romance ia por água abaixo.
Para piorar, faltava um convênio com o Senac, Divina Providência, sei lá. Qualquer uma das várias entidades que preparam mão-de-obra e empresários donos de restaurantes. Fui em vários deles e uma porção de pequenos detalhes importunava os turistas ávidos por experimentar os quitutes.
Em tempos de gripe suína, pegadores de saladas eram usados por centenas e depois dispostos por sobre as folhas e legumes, decorados por brilhantes impressões digitais. No box da cerveja Bohemia, onde se degustava quatro tipos da bebida e se aprendia sobre sua fabricação, os visitantes eram encorajados pelos expositores a meterem a mão em potes com cevada para comerem do grão, um seguido do outro. Fora os gemidos. “Ais” e “uis” de dor de quem queimava os dedos nos cabos quentes das colheres esquecidas nas panelas que dormiam sobre os fornos a lenha.
Começa pela confusão no tráfego de automóveis. Gente estaciona nos dois lados de vias que são mãos-duplas e deveriam ser de apenas um sentido. O que teve de carro esbarrando em outro, retrovisor dependurado e gente que dirigiu por mais de 6 horas, para depois ficar no acelera e freia das ruelas apertadas, não foi brincadeira.
Ah! Que crítica maldosa! Tiradentes é uma cidade histórica! As vias são apertadas mesmo e não podem (nem devem) mudar, não é? Mas, por que não se amplia o perímetro central onde não podem circular veículos e se destina certas vias a servir apenas como ruas de um só sentido? Isso dá para fazer, pois era só sair do epicentro das comemorações que se podia trafegar livremente. Melhor ainda para os pedestres percorrerem bares e andarem nas charretes cor-de-rosa. Faltam também mesas nas praças e nas villes abertas em espaços públicos para acomodar mais gente e produzir menos filas nos espaços principais.
O esgoto é um problema seríssimo e não, não, não e não combina com evento gastronômico. Tem um riachozinho que corta a cidade em vários pontos e exala um mau cheiro horroroso, pior do que em certos mangues na chegada do Rio de Janeiro. Me fez lembrar até de um curso d'água que existe na Vila São José, em Belo Horizonte, que os moradores da favela apelidaram “Rio Bostinha”. Pois é. O Rio Bostinha de Tiradentes embrulhava estômagos dispostos nos restaurantes e bares à sua beira.
Não foram poucos os casais que fizeram lindos pratos e seguiram sorridentes para o romântico quintal da casa para assentar à beira do córrego barrado em pedras e pontes coloniais. Chegando lá, os narizes logo ardiam e o romance ia por água abaixo.
Para piorar, faltava um convênio com o Senac, Divina Providência, sei lá. Qualquer uma das várias entidades que preparam mão-de-obra e empresários donos de restaurantes. Fui em vários deles e uma porção de pequenos detalhes importunava os turistas ávidos por experimentar os quitutes.
Em tempos de gripe suína, pegadores de saladas eram usados por centenas e depois dispostos por sobre as folhas e legumes, decorados por brilhantes impressões digitais. No box da cerveja Bohemia, onde se degustava quatro tipos da bebida e se aprendia sobre sua fabricação, os visitantes eram encorajados pelos expositores a meterem a mão em potes com cevada para comerem do grão, um seguido do outro. Fora os gemidos. “Ais” e “uis” de dor de quem queimava os dedos nos cabos quentes das colheres esquecidas nas panelas que dormiam sobre os fornos a lenha.
2 comentários:
Estava tão ruim assim, é? Que tal o Festival de Jazz de Ouro Preto agora em Setembro...Acho que vai ser mais divertido!!!!
Realmente a prefeitura precisa resolver o problema dos carros na cidade. Deveria copiar Parati, onde os carros não transitam pela cidade. Os turistas e moradores agradecem..
abraços
lena alves
Cadê você Mateus... tô com saudades..
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