Projeto Infiltrado (Desde abril de 2007)

Será que um Projeto considerado perfeito, acima da Lei e corrupto, já não conta com infiltrações em seu âmago? Ou há um plano de comentar bastidores e posições dos que arquitetam essas manobras, sem filtros e de forma crítica? Pode ser que haja um esquema pronto para infiltrar nesses sindicatos negros e trazer a público o que muitos não sabem por acontecer nesses bastidores. Ao descobrir o significado do Projeto Infiltrado, você pode colaborar para sua própria execução.


segunda-feira, 21 de maio de 2007

Infiltrado na cidade comandada pelo tráfico, onde os criminosos fecharam projetos do governo

Fotos: Mateus Parreiras






(Olheiros do tráfico na região do Curumim)

A pauta podia ser feita em um só dia, se fosse para ficar no rame-rame. A notícia era bem clara e dava para render uma capa do dia com muita tranqüilidade. Havíamos sido informados que o Fica Vivo! fora fechado por quadrilhas de Ibirité, que fica a 21 quilômetros de Belo Horizonte. Era só começar a matéria: O programa Fica Vivo!, que reduziu a violência em X% não sobreviveu em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por isso e aquilo. Abria umas aspas da comunidade, Polícias, Estado, Prefeitura, lideranças locais e fim de papo...

Só que minha editora, a Leida Reis, veio numa sexta-feira caminhando até mim e disse: “Olha só esta matéria. Vê se você não acha interessante? Que tal um especial de fim de semana?”. Ora bolas. Claro que era interessante! O Fica Vivo! é a menina dos olhos da segurança pública em Minas Gerais. Todos os lugares onde ele atua, até onde se sabe, sempre é um sucesso, com redução dos índices de crimes violentos e de homicídios. O trabalho social ensina arte, música, trabalho e ainda intermediava situações de conflito e de cidadania nas áreas de risco social. Se ele tinha falhado miseravelmente lá, era porque algo de muito grave podia estar acontecendo.

Esbugalhei os olhos ao monitor do computador enquanto desvendava a pauta. Me voltei a ela e começamos a combinar a matéria. Ficamos bem empolgados. Em vez de uma materinha do dia, resolvemos fazer uma especial. Disse que rendia umas três páginas! Acabou que consegui duas.

Só havia um problema: começaria na segunda-feira e deveria entregar tudo na quinta-feira à tarde. Na sexta mesmo fui fazendo meus contatos com a comunidade e lideranças. Na segunda-feira, fiz muita pesquisa na internet e fui embora para Ibirité. Leva menos de meia-hora para chegar lá. Mais parece um bairro de Belo Horizonte do que uma outra cidade.

Fizemos os contatos. Suei para conseguir alguém para me ajudar a entrar na favela e nos bairros para ver a bandidagem agindo. Depois uns até me disseram que conversei com políticos que seriam apadrinhados dos traficantes. Uma pena. Disse para a pessoa, que se soubesse, seria mais fácil conseguir uma entrevista com eles.

Rodando pela região, andando aqui e ali, de carro e a pé, dava para sentir a tensão dos próprios moradores. Fingia que era parente de uns, amigo de cicrano, ou simplesmente tentava passar desapercebido. A tensão era grande. O fotógrafo mal quis sair do carro. Peguei minha câmera e fiz umas fotos escondidas depois.

Algumas das pessoas, que me levaram lá, passaram muito medo comigo, levando a camerazinha escondida no bolso, no meio dos marginais. Ninguém quis aparecer. Tanto que só demos uma sombra de uma pessoa, que tava morrendo de medo. Outra fonte suou frio quando me levou para mostrar onde agiam os traficantes. Não é que demos de cara com um deles na rua, andando com o filho! E a vontade de tirar uma foto! Só que eu ia matar minha fonte se fizesse isso. E provavelmente eu não viveria para ver isso também.

O resultado ficou bom. Acabei estourando o dead line, mas foi por boa causa. Depois que fiz esta matéria, a Cris, produtora de rede nacional da Record me ligou para eles fazerem a matéria para o Jornal da Record. Ainda não assisti, mas deve ter ficado bem legal. Como é para TV, eles devem ter explorado outros pontos de vista e feito seqüências de imagens mais interessantes, com movimento e tal. A segunda parte (Tráfico aterroriza Vila) é a minha preferida, mais descritiva.






(Casas abandonadas por moradores expulsos por bandidos)

(HOJE EM DIA, 15/04/2007)

FICA VIVO 'MORRE' EM IBIRITÉ

Mateus Parreiras

REPÓRTER

As ameaças de bandidos armados e a obediência às leis impostas pelo tráfico de drogas transformaram em reféns do medo os cidadãos de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a 21 quilômetros da capital. Nem o projeto «Fica Vivo!», da Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), conseguiu sobreviver. O programa promove a cidadania e combate a criminalidade na capital e em outras cidades, por meio de atividades artísticas, esportivas e profissionalizantes. Foi instalado no dia 6 de dezembro de 2006, na Vila Ideal, em Ibirité, que já foi uma das favelas mais violentas de Minas. A investida do Estado resistiu apenas dois meses.

Apesar de a cidade, que abriga 167 mil habitantes, ter registrado, em 2006, apenas 2,91 ocorrências de crimes violentos para cada mil habitantes, contra 9,62 casos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e 12,71 da capital, só no Bairro Duval de Barros 26 pessoas foram assassinadas no período. Na Vila Ideal, a PM computou 30 ocorrências no ano passado, contra três em 2005. Neste ano, até o início de abril, foram sete registros, todos relacionados ao tráfico.

A reportagem do HOJE EM DIA passou quatro dias junto à comunidade, infiltrada na favela e também nos bairros vizinhos. Entre as incursões pelas vielas, barracos, áreas controladas por gangues, e as conversas com moradores, comerciantes e líderes comunitários, duas realidades: Na Vila Ideal, onde o «Fica Vivo!» foi fechado, valem as ordens ditadas pela quadrilha do traficante conhecido como «Gê». Ele goza de amplo apoio popular, pois determinou que, dentro da favela, não se pode cometer crimes, para que a polícia não atrapalhe seus negócios ilícitos.

Fora da favela, famílias que vivem nos bairros do entorno, como o Duval de Barros, Palmares, Marilândia e Washington Pires, sofrem com os desmandos de gangues armadas a serviço de narcotraficantes e assaltantes. São obrigadas a ceder suas casas para dar guarida aos bandidos, a usar seus carros para lhes dar fuga, e ainda convivem com ameaças e aliciamento de filhas e filhos. Os comerciantes são extorquidos. Devem pagar pedágio aos marginais, ou seus estabelecimentos são saqueados. Em todos os casos, impera a «Lei do Silêncio». Sem denúncias, o trabalho policial acaba prejudicado e a impunidade fortalece o ciclo de violência.

No Bairro Duval de Barros, famílias se sentem à mercê dos bandidos. Trancam-se nas casas. Temem comentar umas com as outras a situação. «Não dá para saber quem está ligado aos vagabundos e quem é direito», dizia um pai de família que vive no bairro, até que teve de fazer silêncio. Em uma só bicicleta, passaram na porta de sua casa dois jovens mal-encarados, vestidos com bonés, roupas coloridas de futebol americano e correntes nos pescoços. «Estes daí são os bandidos. Vai que você fala com a pessoa errada e ela conta para eles. Você acaba com a boca cheia de formiga», disse.

Desagregada pelo medo, a comunidade não delata os crimes. «A polícia vem, pode até prender uns vagabundos, mas não chega nos chefões, que se vingam da gente. A polícia não resolve mais», acredita um senhor de idade que sempre morou no local. «Os bandidos chegam e mandam levar um deles no nosso carro. Dizem assim: ’Leva aí meu chegado rápido’(para o lugar que querem). Você não sabe se ele tem droga. E se a polícia mandar parar, posso até levar tiro. Não se sai mais de casa à noite, nem de madrugada. A gente tem medo pela nossa esposa, pelos filhos. Tá todo mundo se mudando. Pena, porque esta é nossa casa», lamenta o pai de família.


Comunidade sequer conheceu o programa

Mateus Parreiras

Repórter

A pequena casa amarela, decorada com grafites típicos do Hip Hop, onde funcionava o "Fica Vivo!", anexo à Escola Municipal da Vila Ideal/ Serra Dourada, não desperta mais a atenção dos moradores da favela. O espaço agora é usado como estacionamento do colégio, onde crianças sem camisa correm e gritam em suas brincadeiras. "Disseram que ia ter futebol e música para a gente, mas tem muito tempo que isso daí não abre. Acho que é porque roubaram um computador", arriscou um menino, que aparentava sete anos e brincava com seu amigo, em frente às portas de metal lacradas.

As oportunidades propiciadas pelo programa, e a queda da violência, em até 20%, experimentadas pelas comunidades em risco social de nove núcleos na capital, seis da RMBH e quatro do interior, parecem não interessar aos moradores. "A gente tá em paz agora. Há uns três anos, era morte todo dia. Saía de casa e via dois corpos pelo caminho. Hoje, não tem mais disto. Todos respeitam as famílias. Se deixar a casa aberta, ninguém entra pra roubar. Posso chegar de madrugada que nada acontece", disse um morador da Vila Ideal.

Perguntado sobre o porquê, o homem é enfático. "Se roubar, matar e estuprar aqui dentro, os meninos (traficantes) matam ou expulsam (da vila), sem dó. Alguns deixam até vender o barraco, mas tem de ir embora. Não quero que isso mude. Agora vivo tranqüilo. Esse ’Fica Vivo!’ não vingou porque os meninos não queriam saber de bagunça com o povo dançando RAP, fazendo confusão por aí", conta o morador da favela.

Mas a paz na favela tem custos. "Os traficantes ficam à vontade na vila e mandam capangas matar nos bairros. Um líder do Duval de Barros, chamado Oswaldo, foi assassinado porque queria defender a comunidade. Aproveitaram um dia que ele brigou com uns meninos que fumavam droga na frente da sua casa e fuzilaram ele", lembra outro líder comunitário, que pediu anonimato. "Se não pagar R$ 200 de pedágio por mês, roubam minha loja. Há dois meses, obrigaram a gente a fechar nosso comércio, em luto pela morte de um traficante", lembra um lojista da Rua Marechal Hermes

Tráfico aterroriza Vila

Além dos relatos de pavor dos habitantes dos bairros do entorno da Vila Ideal, a reportagem do HOJE EM DIA experimentou também o clima de medo e tensão em que eles vivem. Percorrendo anonimamente ruas, casas e becos estreitos, na favela e no Bairro Duval de Barros, com moradores como guias, a sensação é de que se é vigiado a todo momento. Grupos de jovens suspeitos ficam espalhados por toda parte, encostados em esquina e becos. Provocam temor pela simples possibilidade de que um deles possa cismar com uma pessoa de bem, e usar de força para ameaça-la.

A fronteira entre o Duval de Barros e a Vila Ideal é quase invisível a olhos desatentos. As ruas de asfalto do bairro, com subidas e descidas fortes, permeiam casas com paredes de tijolos de barro, janelas de metal sem pintura, árvores e mato. É no estreitar das vias. Quando aparecem casas dependuradas em barrancos, que se adentra à favela. Numa das entradas, quatro sentinelas do tráfico, chamados “olheiros”, transmitiam por rádio informações sobre quem entrava ou saía.

Três deles, jovens com correntes pelo corpo e camisas esportivas de cores vivas, estavam assentados na calçada, refugiando-se do calor do sol, sob a sombra de uma árvore. Conversavam baixo, dispostos em volta de uma bicicleta. Fisionomias severas, acompanhavam com olhos investigativos, quem quer que passasse por lá. O outro olheiro mal podia ser visto. Era um homem postado no alto da laje de um barraco de dois andares. Tinha um rádio comunicador pelo qual falava.

A subida asfáltica parecia sem fim. Cada topo vencido era sucedido por outro. Todos os quebra-molas da Vila Ideal tinham falhas no centro. “Quando a prefeitura veio fazer os quebra-molas, os traficantes mandaram os operários deixar uma passagem no meio. Isso é para eles fugirem de moto dos camburões”, contou o guia. Disfarçadamente, ao longo da caminhada, ele apontava para becos escuros e muros opostos à via, onde mais grupos de jovens comunicavam por rádio a situação de seu trecho para os traficantes.

Deixando a Vila Ideal, a parte baixa do Duval de Barros é chamada Curumim. Lá também há olheiros, sempre jovens vestidos com roupas esportivas coloridas, bonés e enfeitados por brincos, piercings e correntes grossas. Ficam em praças e espaços públicos próximos aos acessos, vigiando o movimento. Inúmeras casas vazias, sem portas e janelas, pichadas com inscrições indecifráveis, são aviso a quem se opõe aos traficantes. “Quem criou problema foi expulso. A ameaça de morte não é só para quem enfrenta os traficantes, mas também para quem não tem a simpatia dos meninos. Até um sargento da PM que morava aqui saiu fugido”, conta um morador. “Aqui no Curumim eles matam só para ver para qual lado a pessoa vai tombar”, alerta outro vizinho dos criminosos.

Três grupos controlam a região do bairro Duval de Barros. A parte baixa, cortada pela Rua Bonsucesso, é território da narcotraficante “Lucinha”. Acredita-se que ela atue como entreposto de drogas de um traficante de fora da comunidade, possivelmente de Belo Horizonte ou Contagem. Na região do Curumim, próximo à Vila Ideal, que dita as ordens é uma quadrilha de assaltantes, que tem à frente o pistoleiro conhecido como “Vô”. Especialistas em extorquir comerciantes, ameaçam saquear quem não paga pedágio e ainda expulsam pessoas indesejadas.

“Na parte alta, próximo á Praça do cfristo, o chefe do tráfico de drogas é conhecido como Alemão”. Com mandados de prisão por tráfico e assaltos pesando sobre ele, o criminoso não tem sido visto, por enquanto, pela vizinhança. Seu irmão e principal matador da quadrilha, conhecido como “Juninho”, foi preso há poucos meses. “Eles estavam implantando o terror. Matavam as pessoas e depois faziam churrasco para comemorar”, informou um policial.

Fica Vivo só volta no segundo semestre

O fracasso do núcleo de combate à criminalidade Fica Vivo!, na Vila Ideal, em Ibirité, foi precedido de tensão e de intimidações dos funcionários que lá trabalhavam. A denúncia foi feita pelos próprios trabalhadores e voluntários, que estiveram no programa por dois meses e viram o local ser atacado e saqueado por criminosos que dominavam a favela. Para os atendentes, o isolamento do poder público e a falta de políticas sociais para a comunidade impossibilitaram sua integração com os moradores.

O programa será repensado para a realidade local e só voltará a funcionar no segundo semestre, depois de intenso trabalho com a comunidade, informou a superintendente de prevenção à criminalidade da Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), Márcia Cristina Alves.

“O caminho é só pela comunidade. Já iniciamos um processo de reconstrução, chamando os moradores para o local. Estamos investindo na mobilização da comunidade, chamando uma rede de oficineiros, de associações e instituições locais e a prefeitura para conseguir fechar um trabalho sólida para reabrir o Fica Vivo no segundo semestre”, garante Márcia Cristina. O processo é orçado em R$ 370 mil neste ano.

A avaliação dos núcleos instaladdos nas cinco áreas de Belo Horizonte demonstraram, de acordo com informações da SEDS, uma queda média de 14% na taxa de homicídios. Hoje, são atendidos 13 mil jovens em Minas Gerais. De acordo com Márcia Cristina, novas unidades serão abertas em Uberaba e Juiz de Fora, ainda neste ano. Nas favelas do Alto Vera Cruz e Ribeiro de Abreu, na capital, o programa será ampliado.

A prefeitura de Ibirité informou, por meio de nota, que tem feito investimentos em segurança pública. Como a “construção do pelotão especial da PMMG, no centro de Ibirité, a implantação da Delegacia Seccional da Polícia Civil, convênios de apoio logístico às polícias, construção do Batalhão da PMMG no Complexo do Cristo com capacidade para até 1.500 policiais e um heliponto”, dizia o documento. Com relação ao Programa Fica Vivo!, a nota informa que “a atual administração abraçou o projeto, desde os primeiros contatos para a implantação”.

4 comentários:

Anônimo disse...

PARABÉNS PELO TRABALHO! REALMENTE AS PESSOAS DE BEM PRECISAM SAIR DE SUAS "TOCAS" E ENFRENTAREM O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA DE FRENTE. NÃO É POSSÍVEL QUE EM UMA VILA QUALQUER, ONDE SABIDAMENTE O NÚMERO DE PESSOAS CORRETAS É INFINITAMENTE MAIOR QUE AS DEMAIS, SE SUJEITEM POR COVARDIA AOS DESMANDOS DESTES. É CERTO QUE A AUSÊNCIA POR LONGO TEMPO DO PODER PÚBLICO PROPICIOU A ATUAL SITUAÇÃO, MAS NUNCA É TARDE PARA SE ASSUMIR O CONTROLE. NA OPORTUNIDADE, FAÇO MINHA CRÍTICA PROPOSITIVA ÀS INCURSÕES DA PM/PC, NAS VILAS, QUE CHEGAM EM SUAS VIATURAS, E MAU DESSEM DELAS, NÃO ESTABELECENDO QUALQUER CONTATO CM A COMUNIDADE LOCAL, E AINDA POR CIMA, COMO SE NÃO SOUBESSEM QUEM SÃO OS MARGINAIS DA ÁREA, FAZEM REVISTAS NUNS POUCOS TRANSEUNTES, ISSO É OPERAÇÃO!? PRECISAMOS DA PERMANÊNCIA DA PM NAS VILAS, SÓ ASSIM OS MARGINAIS ESTARÃO INCOMODADOS. OBRIGADO.

Jornalista Mateus Parreiras disse...

Que pena q nada foi feito, apesar do medo, da violência e das covardias a que os cidadãos de bem de Ibirité estão sujeitos!

Anônimo disse...

Por que o anônimo, falador de besteiras, não muda para a vila e informa para os policiais da PM e da Civil quem são os bandidos, onde se encontra as bocas de fumos, os olheiros, e a todos aqueles de alguma forma aterrorizam os moradores? Pois o seu comentário é de alguém que não mora na vila e não conhece a realidade, e se mora não sabe de nada. As pessoas que moram mal podem olhar para os policiais, muito menos estabelecer contato, pois sabem que é uma pessoa morta. Os olheiros como foi apresentado na matéria são responsáveis para passar informações e manter a atividade do tráfico sem a interferência da policias. Eles estão em todos os cantos da vila, controlam completamente seu espaço. Ficam escondidos nos barracões, nas ruas e matos. Quando a policia passa em uma rua rapidamente quem está na atividade para tudo, esconde a droga e passa por despercebido, tirando assim o fator surpresa. Voltando em seguida a normalidade. Então meu amigo anonimo fica caladinho e procure ajudar de outra forma esta comunidade sofrida. E outra coisa que não posso deixar de lembrar: um dia é diferente de outro, da mesma forma que mudam os policiais mudam e aumenta número dos marginais. A unica forma que a policia, sem a ajuda da comunidade, encontra para conhecer as pessoas que moram na vila é através de revistas aos transeuntes, senão elas morrem.

Anônimo disse...

Em 15/12/07, Douglas henrrique edger sXe hxcx_777@hotmail.com escreveu:

Só quero parabenizar Mateus Parreiras pelo belo trabalho de publicar noticias mentirosas, esse idiota disse q
a violência é alta na Vila ideal, fdp. Essa é a favela mais tranquila d minas gerais, Reamente ela ja foi a mais perigosa,
mais depois q "o atual comandante do trafico" assumil o comando, ele impos "leis" q não fazem mau a ninguém, pelo contrario, só melhoraram a segurança. concordo q o trafico d drogas é errado, mais o trafico só vai acabar quando os usuarios acabarem "impossivel né?", e agora q o "fulano" está preso, outro pior q ele vai assumir o comando, essa merda vai voltar a ser o q era...Vcs querem ajudar a combater o trafico? na faculdade ta cheio d boy noiado pra vcs investigarem.

Não fasso parte do trafico, sou contra, mas também sei q é impossivel acabar com ele, o mundo tá uma merda e sua tendencia é piorar. se vcs incistirem em querer "melhorar o mundo" só vai almentar cada vez mais a revolta dos q não tem nem um pacote d arroz em casa. Vcs querem ajudar? uma dica, doen alimento pra os q não tem, assim evita q eles tenham q traficar pra sobreviver.
Vcs querem mesmo é ser os "herois da historia" fdps. Cuidado senhor Mateus Parreiras, ajude d forma inteligente, essas infiltrações podem até ajudar na prisão dos traficantes, mais saibam q outros virão, e isso nunca vai acabar.

Fiquem com Deus.

Contatos

projetoinfiltrado@gmail.com

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PROJETO INFILTRADO

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Repórter do jornal Hoje em Dia, o jornalista Mateus Parreiras cobre o dia a dia do estado no caderno Minas (cidades) e produz também reportagens especiais. Formado em 2004 pelo UNI-BH, e desde setembro daquele ano no Hoje em Dia, o jornalista já conquistou o I Prêmio de Jornalismo de Interesse Público 2007 do Sindicato dos Jornalistas de MG, o Prêmio Crea-MG 2006, Volvo 2006 e foi três vezes finalista do Prêmio Embratel, em 2005, 2006 e 2008.

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